Welcome to Daedalus' Labyrinth

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Friday, March 25, 2011

Outono / As Quatro Estações

Como já é de praxe, acabou o verão. O verão acaba todo ano desde que a Terra é a Terra, com a exceção da suposta era do gelo, quando fazia-se frio o dia inteiro.
O tempo anda naquelas de fazer Sol e chover alternando mais de cinco vezes por dia. O que é meio chato, pois eu saio preparado para o frio e, do nada, fica quente.
A propósito, o outono é minha estação favorita e por mais que dê desculpinhas e justificativas para que o outono o seja,  gosto mesmo é porque é a estação na qual nasci.
Há uma análise bonita das estações onde:
Primavera - Nascimento
Verão - Apogeu
Outono - Decadência
Inverno - Morte
Na mitologia grega, Demetra era a deusa da colheita e dos bons frutos. Ela sobrevoava dos baixos campos às altas acrópoles e por onde passava, as plantações prosperavam e as flores se abriam. Demetra, porém, cultivava uma flor de valor especial, uma filha chamada Perséfone. Perséfone era gentil como sua mãe, ousada como o verão e inocente como a primavera. Mãe e filha se davam muito bem e não tinham do que reclamar.
Tudo ia muito bem até a manhã na qual Perséfone passeava pelo pequeno vale entre dois morros até haver avistado uma pequenina lagoa. Ao chegar à lagoa e olhar-se em seu reflexo, Perséfone se deparou com um convite sedutor de um Deus que supostamente habitava naquela lagoa. Ao entrar na lagoa, Perséfone se deparara com um escadaria e a descoberta de que a lagoa era a fachada para algo maior e mais profundo. Perséfone desceu curiosa pelas escadarias longas de pedras escuras; as raízes pelas paredes se rarefaziam conforme Perséfone se ia mais ao fundo daquilo tudo.
Percebendo o funesto que era aquele lugar por onde andava, Perséfone cultivava instantaneamente flores das mais belas por onde passava. Criando assim uma decoração particular num lugar peculiar.
Subitamente, Perséfone se deparou com seu anfitrião. Hades, o Deus do mundo inferior, o Deus de Erebus.
Hades ficou perdidamente encantado por Perséfone e pela vida que ela carregava em si mesmo estando em pleno reino dos mortos. O senhor da morte, então, pediu que Perséfone fosse sua companhia ali embaixo para sempre. Perséfone rejeitara a proposta, pois deveria voltar à sua mãe no fim daquele dia como o faz todos os dias.
Hades, contrariado e insatisfeito com a decisão de Perséfone, fecha as saídas ao mundo dos vivos deixando Perséfone presa com ele no mundo inferior.
Conforme o tempo passava, Perséfone ficava cada vez mais triste, ela gostava de Hades, mas também amava sua mãe e não estaria completa sem ambas as companhias...
Enquanto isso, Demetra buscava insesantemente a sua filha pelo mundo, até chegar a conclusão de que precisaria do auxílio de algum outro Deus. Nesse meio tempo, a tristeza profunda que consumia Demetra afetava sua influência sobre a natureza. Sendo assim, todas as plantações secavam, as flores caiam, as árvores se retorciam e o próprio calor da Terra se dispersava num longo período de frio e seca.
Demetra recorreu então à ajuda do Deus mensageiro e intermediador chamado Hermes, Hermes sabia do paradeiro de Perséfone e levou Demetra à lagoa onde sua filha descera ao Erebus.
Ao chegarem à lagoa, Hermes e Demetra chamam por Hades e Perséfone para que aquela situação toda fosse esclarecida.
Hermes intermedia a situação e reconhece que Hades amava Perséfone tanto quanto Demetra a amava.
No final de uma longa discussão, Hades, Hermes, Demetra e Perséfone chegaram à seguinte conclusão : Durante um semestre, Perséfone ficaria com Hades no mundo inferior sendo sua esposa e companheira e durante o outro semestre, Perséfone retornaria à companhia de sua mãe na superfície.
Nos seis meses nos quais Perséfone está com Hades, Demetra sofre de terríveis saudades e a Grécia entra no outono e, no mais entristecer, no inverno. Mas antes que o frio da falta consumisse tudo, Perséfone voltava para passar seis meses com sua mãe. A alegria e a vida renasciam no coração de Demetra sempre que voltava a estar com sua querida filha. O reflexo disso na natureza era a primavera e o verão. Mas antes que o entusiasmo de Demetra aquecesse demais o mundo, esse se perdia quando sua filha voltava ao mundo inferior. Mantendo assim um certo equilíbrio sasonal e resignação ao fato de que Perséfone era dona da sua própria vida.
E essa é a história grega sobre o nascimento das quatro estações.

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