Faz um bom tempo que não posto nada.
Foi-me de maior consolo ler as obras alheias.
E outras nem tão alheias.
Outras bem próximas
E algumas como "Poxa, como não fui eu quem escreveu isso ?"
Não sei se estou com algum bloqueio na minha criatividade ou se perdi temporariamente a fé na mesma.
É visível, este post segue o tempo psicológico e não o cronológico tradicional.
Minha vontade de respirar é sufocante. Ao proceder, não espere por autorização.
Sigo teimando que certas coisas cheguem ao fim.
Algo em mim luta contra a evidência de que nada é pra sempre.
Mas se eu quero, por que não pode ser ?
E se eu mantiver pra sempre ?
E se eu morrer com isso, aí é pra sempre ?
Que expressão tosca, "pra sempre".
Caráter ? Princípios ? Bem maior ? Moral ?
Acho que no meu dicionário, haveria três palavras.
1 - Medo - condição imortal da vida; temor em prol da preservação da própria existência/vida; premonissão de uma perda
2 - Amor - "L'amant est, de toujours, plus divin que l'aimé" ; aspiração incompreensível humana pela imortalidade; Sentimento que preserva a coerência dentro do absurdo; abstenção da própria existência/vida em prol/salvação de uma vida alheia, ou nem tão alheia, ou bem próxima, ou uma vida "onde você esteve na minha vida inteira ?"; companheiro do medo e do tempo.
3 - Ficção - Absolutamente tudo o que não diz respeito ao medo e ao amor; cultura; costumes; línguas; as cordas da marionete.
É o todo dos conjuntos ? Matemática não é o meu forte, mas escrever. Ah, escrever..
Sobre a coroa de louros e a liberdade
sobre o silêncio eterno, a pseudocerteza e a escuridão
sobre uma criança, assassinos, grandes insetos e árvores protetoras
sobre a delicadeza, as auroras e julgamentos
E isso está como "poxa, eu escrevi isso".
Engraçado, também senti isso. Parece que nossas mentes estão sincronizadas como relógios ajustados. Também me assusto com essas semelhanças e admito que nunca conheci alguém tão parecido comigo de forma tão profunda.
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