Welcome to Daedalus' Labyrinth

This blog has been created with the intention of posting online some ideas, points of view, histories, stories, tales and anything else that its creators want to write about.

The posts will be signed as from "Daedalus" or from "Uranus", therefore, differenciation will be easily noticed.

Saturday, December 15, 2012

Oh, Susanna ! Don't you cry for me


       Susanna está desapontada pela falta de opções. Ela sobe e desce o scroll do mouse e suspira em reprovação ao cardápio humano de baixo nível que lhe é disponibilizado.
        Ela não gostaria de ir dormir sozinha, mas diz a si mesma "Antes só que mal acompanhada" . Ela dorme semi-nua e toda enrolada no seu edredon de veludo azul claro. Ela detesta azul claro. Segundo                  Susanna, o veludo possui uma textura muito agradável e que lhe proporciona um suave prazer em contato com a sua pele. Não é um caso amoroso, mas pelo menos não é indigesto ao seu orgulho.
       Susanna cansa de borrar o botão F5 do seu teclado e abre a sua playlist no aleatório. A primeira música a ser executada é "OH SUSANNA - Johny Cash & James Taylor" . Susanna acha isso muito irônico e se pergunta se existe algum motivo por trás de tal coincidência. Ela se pergunta se está tão sozinha quanto pensa ou se aquilo era um sinal. Susanna era meio romântica, percebe-se.
        Quando a música termina, ela se conforma com a inutilidade em procurar alguma mensagem subliminar divina endereçada a ela dentro da letra de uma música com 3 vezes a sua idade. Susanna não é uma pessoa conformada, vocês não pensem isso dela ! Ela só está perigosamente entediada e cansada da sensação de estar perdendo tempo.
         Com o refrão da música ecoando pela sua mente, Susanna vai ao banheiro, entediada, olhar-se no espelho. Jovem, até que bonitinha, exceto sob esse e aquele ângulos; Susanna idolatra o próprio nariz e até deixaria que o usassem para a criação de moldes rinoplásticos. O espelho é meio velho e a luz amarela do banheiro espaçoso e abafado um tanto 50s favorece o seu tom de pele. Se ela pudesse definí-lo, seria de forma pretensiosa para que soasse exótica.
         Susanna, então, volta ao seu quarto e conta três passos da porta à sua cama. O cheiro do seu próprio shampoo nos travesseiros lhe é confortante e o edredon aveludado ajuda Susanna a ser absorvida por uma filosofia barata somada ao falacioso cálculo de possibilidades do dia seguinte que ela faz toda noite antes de deitar-se. Boba.
          Os minutos passam rápidos como a vida de uma varejeira e o sono começa a consolar os olhos de Susanna. Ela concentra os seus pensamentos na intenção de sonhar com algo que lhe seja inspirador. Ela se sente desinspirada. Ela se acha sincera consigo mesma, mas é um grande nocebo. Oh, Susanna, não é tão mal assim. Oh, Susanna, quando você vai aprender que você não é capaz de enxergar o amanhã com a mesma precisão e nitidez que os seus olhos emétropes percebem o hoje ?
Susanna dorme... e esquece.




Friday, December 14, 2012

Rebeldia Indolente

Subestimo o meu talento
Saboto o meu avanço
Contudo, não me canso
Do meu mau comportamento

Olho-me no espelho
Trégua de uma semana
Tampouco o meu cabelo
Tira-me a confiança

Nem a semelhança de ser um clone
Permite que a tristeza me encontre
Tal qual o sono mais sereno
Que me deixa à vigília e ao fosfeno

No meu tédio frente ao tempo
O relógio pouco avança
Como quem não se cansa
Do meu mau comportamento

Thursday, December 6, 2012

Depersonalization-derealization




Information overload
System about to reset
No fucks for me to give
All settings unset


Don't dissect reality
Don't dissect personality
Don't dissect mankind
Don't dissect my mind


Life and dream the same
people are tools
feelings not true
All a fiction so strange


Don't overthink morality
Don't expect amnesia
'Cause for my pain
There is no anestesia