Algo em mim clama por asilo, por refúgio. Minha próxima expectativa é conseguir abrigo dentro de mim mesmo. Guardando todo o meu autoconhecimento e experiências para minhas letras e fechando-me, assim, do mundo exterior.
Melhor que eu pare de procurar algo de interessante e encantador em toda pessoa que eu encontro, minhas lentes já estão ficando arranhadas e tanto errarem.
Ser tão legal com todas as pessoas ainda acabaria matando quem eu realmente sou. Não que eu o saiba.
Tenho que aceitar que à frente virá um longo inverno e que há muito que já se é partida a primavera.
"Acho que pensei que eu teria que mudar o mundo pra que me vissem, para ser a pessoa certa. Eu poderia ter corrido p'ra sempre, mas até onde eu chegaria sem lamentar seu amor ?"
Acima de todas as exigências internas, ainda tenho que lidar com minhas exigências interiores e com tudo o que peço, cobro e desvio de mim mesmo.
Enfim, preciso de silêncio. Mas não do silêncio dos que me cercam, mas do meu calar.
Como uma orquestra na sua pausa entre duas sinfonias distintas.
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