Welcome to Daedalus' Labyrinth

This blog has been created with the intention of posting online some ideas, points of view, histories, stories, tales and anything else that its creators want to write about.

The posts will be signed as from "Daedalus" or from "Uranus", therefore, differenciation will be easily noticed.

Wednesday, October 19, 2011

Tabula Rasa. 5 Fronts

Look.... what you've done...


Estou com uma mistura de sensações de cansaço e revolta onde prevalece uma indignação e um estranhamento a quase tudo à minha volta.
Desentendo-me com meus demônios,
com esse país,
com as imperfeições do meu design,
com as minhas imperfeições,
com o meu coração,
comigo e com você,
.. e com vocês.
É como se eu fosse um rei e comandasse 5 fronts ao mesmo tempo. Não dá, sobrecarrega, sobrepesa, cansa.
Algo ficaria mal feito e detesto qualquer coisa mal feita, ainda mais sob o meu feitio.




Look what ... you've done


Parte disso é culpa do meu imediatismo. Da minha ânsia por resultados rápidos e por comprovar a eficiência dos meus métodos.
Há uma grande porção de ultrarromantismo nisso tudo. Não que eu esteja com algum tipo de autopiedade, não mesmo. Acho o fundo do poço essa de autopiedade.
 Onde fica a tal paz interior nessa história toda ? E o que eu faria comigo mesmo caso encontrasse essa paz e esse equilíbrio ?
E por que eu buscaria paz interior ? Seria isso o que realmente procuro ?
Ou seria atenção ? Ou sucesso ? Ou amor ? Ou reconhecimento ? Ou conhecimento ? 5 fronts, não consigo aceitar isso como inviável mesmo que isso acabe comigo. Desistir é algo que a minha obstinação e as minhas obsessões não me permitem fazer.

Não sei se a tábula rasa seria meu remédio ou meu veneno, pois não saberia eu dizer se há verdadeiro re-começo ou se apenas a morte trazer-me-ia alguma paz.
Mas como falei, não faço o tipo desistente e prefiro morrer tentando realizar meus objetivos e tudo o que almejo do que cogitar suicídio. Ademais, nesse jogo de soma zero que é a vida,
"Que me importam os raios de uma nova aurora ?"

"Get on with life"


Wednesday, October 12, 2011

Graceless Sky

Graceless Sky - by myself

The sky turns purple
So the night may come
I hear the calls
And soon I'm gone

An overload of faces
And a sea of dreamless strangers
Just filthy breaths
And a deep lack of grace

The thin tissue of my smile
takes only a few hours
to lose all of it's pattern
making me odd to others

A drink and a laughter
A sigh and a stutter
And I'm sorry I had to go
I hate resorting to silence




"I've been in love but I didn't know how to feel it
And I've been adored but I don't know if I ever believed it
I've been loved my whole life but I didn't know how to take it"




Friday, October 7, 2011

A Graça, o Sono e o Tempo

O destino tem caprichos que sempre me lembram o quão fictícia é a tal razão.
 Deve haver algum parentesco astral entre o sono e o tempo, há diferença entre eles, mas a semelhança é incrível.
Explicar-lo-ei a vós.
Sono
1 - involuntário
2 - simulação da morte
3 - ignora tudo quando vem

Tempo
 1- involuntário
 2- sepulta até o túmulo
3- ignora tudo quando passa

Às vezes, parece-me muito mais fácil que eu seja amargo e seco e siga acreditando somente no amor que eu sinto e não no amor que outrem venha a dizer-me que sente. Assim, minha vida seria concentrada, focada aos negócios, melhor tracejada e inefavel e incontestavelmente ... chata.

Realmente, perante uma escala cósmica, quebrar a cara e render-se um certo tanto ao aleatório e ao caos soa mais interessante a mim. Afinal, do pó ao pó, não ? Qual a graça de viver de forma andróidica se o tempo, que tudo quebra, quebrará você um dia tão impiedosamente quanto qualquer outro ser humano ?

Nada se conclui .








Thursday, September 29, 2011

Tridente

Eu realmente gosto de música, pois quem me dera saber cantar.
Sério, se eu tivesse talento pra coisa, eu não estaria matando-me de estudar pra ter um futuro ... eu estaria tendo um futuro lindo cantando minha vida pelo mundo e ganhando muito dinheiro.
Ao mesmo tempo que isso me parece bem idiota. Você cobrar de uma pessoa que ama a sua música e a sua voz pra que ela ouça você cantar soa extremamente egoísta e detestável.

Acho minhas ideias tão paradoxais e ambivalentes que eu não me surpreenderia se um dia eu desenvolvesse uma daquelas doenças psiquiátricas que dão várias personalidades a você.
Acho até interessante, mas quase tudo que foge do normal é meio que interessante pra mim, o que me torna muito parcial nessa opinião.

Acho que esse excesso de informação e personalidade me torna uma pessoa mais forte de uma certa maneira. É como se, quando uma parte de mim fica destruída, as outras tomam o controle enquanto aquela se regenera. Felizmente, ainda não passei por nada ruim o suficiente p'reu ficar completamente sem chão.

Hoje, passei meia hora imaginando o que eu faria se eu tivesse o tridente de Poseidon. Estragos... acertos.. deixa pra lá.

Certo que eu seria um anfíbio, né ?


Wednesday, September 28, 2011

Parcas

Lately, I've been feeling like if time were passing too fast, as if it had an opinion upon the existence.
What do I mean  ?
Well, it is clear that, if there is any time at all, it ignores absolutely everything.
Exactly, time does not care about you and it will ultimately destroy everything you love before destroying you as well, however it may not be that selective and it might kill you first, just wait and see by yourself.

These past few weeks, time has been acting as if it really hates existence. Hate is better than carelessness.
Why ?
Easy question, it is always more harming when one is abandoned than when one is hated.
Why again  ?
Easy, the feeling of possession, you was clinging to something and then you cling on to nothing. If there is hatred between you and something/someone, cool, because it will feel good when you get apart.
Nonetheless, when you have love towards something/someone and this "being" abandons and/or ignores you... well, then you are just another grieving person in this sea of grief so called humanity.

Why is it more harming at all ?
This question can be simply answered by a quick reflection, so, reflect.

October ... it is so stupid that the tenth month has "octo" in it's name (I know about that January, February story by the way, but it does sound stupid).

The winter goes on in it's lateness. It is still cold and the sky is still darkened.
I hope the spring arrives soon, the time is coming for me to shed my skin once again.
I am to say that I already have kind of a sketch of what I will be changing on myself.

I may be starting all over or a may be starting anew. Either way, I seem to be never old enough.
Could it be immortality ? No, I think not yet.

"Omnes vulnerant, ultjma necat"

Monday, September 12, 2011

O Jogo de Soma Zero

Faz um bom tempo que não posto nada.
Foi-me de maior consolo ler as obras alheias.
E outras nem tão alheias.
Outras bem próximas
E algumas como "Poxa, como não fui eu quem escreveu isso ?"

Não sei se estou com algum bloqueio na minha criatividade ou se perdi temporariamente a fé na mesma.
É visível, este post segue o tempo psicológico e não o cronológico tradicional.

Minha vontade de respirar é sufocante. Ao proceder, não espere por autorização.

Sigo teimando que certas coisas cheguem ao fim.
Algo em mim luta contra a evidência de que nada é pra sempre.
Mas se eu quero, por que não pode ser ?
E se eu mantiver pra sempre ?
E se eu morrer com isso, aí é pra sempre ?
Que expressão tosca, "pra sempre".

Caráter ? Princípios ? Bem maior ? Moral ?
Acho que no meu dicionário, haveria três palavras.

1 - Medo - condição imortal da vida; temor em prol da preservação da própria existência/vida; premonissão de uma perda

2 - Amor - "L'amant est, de toujours, plus divin que l'aimé" ; aspiração incompreensível humana pela imortalidade; Sentimento que preserva a coerência dentro do absurdo; abstenção da própria existência/vida em prol/salvação de uma vida alheia, ou nem tão alheia, ou bem próxima, ou uma vida "onde você esteve na minha vida inteira ?"; companheiro do medo e do tempo.

3 - Ficção - Absolutamente tudo o que não diz respeito ao medo e ao amor; cultura; costumes; línguas; as cordas da marionete.

É o todo dos conjuntos ? Matemática não é o meu forte, mas escrever. Ah, escrever..

Sobre a coroa de louros e a liberdade
sobre o silêncio eterno, a pseudocerteza e a escuridão
sobre uma criança, assassinos, grandes insetos e árvores protetoras
sobre a delicadeza, as auroras e julgamentos

E isso está como "poxa, eu escrevi isso".

Wednesday, August 10, 2011

Post Equilibrium

Muitas, senão todas elas, pessoas buscam um equilíbrio em suas vidas. Seja num âmbito específico como : o amor, a saúde, a rotina, a situação financeira, et cetera.
Uma coisa é certa, equilíbrio é uma metáfora, uma ilusão, um conceito, uma arrogante medida para algo imensurável.

Na mitologia egípcia, o equilíbrio espiritual de uma pessoa era associado à vida eterna. Necessário para que a mesma pudesse ser obtida após o óbito carnal.
Ao morrer, as almas iam a uma espécie de câmara que mediava entre os dois mundos (dos vivos e dos mortos).
Nessa câmara, Anúbis, o Deus dos mortos e dos chacais, aguardava a chegada das almas junto a uma enorme balança.


Na balança, dois pesos seriam comparados. O do seu coração e o de uma pluma.
Se o seu coração fosse amargo, rancoroso e pesado, ultrapassando o peso da pluma, sua alma estaria condenada à inexistência e seria, então, devorada por uma besta que residia na câmara.
Se o seu coração fosse demasiado leviano e tolo, pesando menos do que uma pluma, seu destino não seria diferente dos corações frios.
Era necessário que você tivesse um coração experiente e não menos insensível por isso para que obtivesse a vida eterna. Só assim, a pena e o coração estariam equivalentes na balança do Deus da necrópole.

Posteriormente, Anúbis perderia o seu posto para seu pai, Osíris. Ficando, então, responsável pela proteção da câmara e por trazer as almas até a mesma.


Many, if not every, people seek for a balance in their lives. Be it on a specific subject such as : love, health, routine, wealth, et cetera.
One thing is for sure, balance is a metaphore, an illusion, a concept, an arrogant measure for something that cannot be measured at all.


In the egypcian mythology, a person's spiritual balance is associated to etternal life. It is necessary in order to obtain etternal existence after the body's death.
After being deceased, the souls went to sort of a chamber that connected both worlds (living's and dead's).
In this chamber, Anubis, the God of the dead, waited for the arrival of the souls next to a huge scale.


On the scalesm two weights were to be compared. The heart's and a feather's.
If your heart were bitter, grudgy and heavy, overweighting the feather, your sould would be condemned to cease it's existence and therefore devoured by a beast that also used to inhabitate the chamber.
On the other hand, if your heart were far too light, weighting less than a feather, your fate would not be different than the fate of the cold hearted.
It was necessary that you had a heart that were sage and sensible at the same time so you could get the etternal life. Only this way, the feather and the heart would weight equally and the necropoly's scales would be evened.

In later times, Anubis would lose his duty to his father, Osiris. Becoming, henceforth, responsible for the protection of the chamber and for bringing the souls of the dead to it.