Welcome to Daedalus' Labyrinth

This blog has been created with the intention of posting online some ideas, points of view, histories, stories, tales and anything else that its creators want to write about.

The posts will be signed as from "Daedalus" or from "Uranus", therefore, differenciation will be easily noticed.

Wednesday, November 9, 2011

A Primavera

Bastou-me uma noite bem dormida para que, ao chegar da aurora, viesse a mim uma sensação; uma pontada no peito. Era uma infecção.
Mas num sentido figurado da coisa, era a sensação de algo violado.

Isolar-me do Sol e da Lua ao mesmo tempo foi como tirar-me o próprio chão ou puxar-me o próprio tapete sobre o qual estava eu.

Porém, eu já não suportava mais; era-me demasiado ironia para pouco destino.


Inverter o tempo e tentar mudar o destino pedindo de volta o que outrora pertenceu a você talvez não seja um lamento nostálgico e acorrentado ao passado, mas sim o oposto. Inverter o tempo é trazer de volta algo que você era, mas que nunca deixou você realmente. Mudar o destino é desatrelar-se daquilo que fazia você pensar não ser mais tão grande como antes você era mesmo que isso pareça impossível.


Do latim "Tempus Primum" A primavera representa o primeiro tempo, o nascimento.
Associo a primavera à minha vida de forma bem íntima. Durante o inverno, algo morre em mim para que eu esteja pronto para a primavera. Afinal, todo fim anuncia um novo começo.
Foi um inverno difícil e talvez esta seja uma fria primavera, mas estas costumam seguir-se de fortes verões. O tempo compensa-se por si só.

Torno a admirar as estrelas pelas estrelas que são.
As pessoas são realmente como as estrelas. Às vezes, precisamos perceber que algumas delas aparentam brilhar, mesmo há muito estando apagadas.

                                    "Et quand le printemps meurt, pour le prochain printemps"


Wednesday, October 19, 2011

Tabula Rasa. 5 Fronts

Look.... what you've done...


Estou com uma mistura de sensações de cansaço e revolta onde prevalece uma indignação e um estranhamento a quase tudo à minha volta.
Desentendo-me com meus demônios,
com esse país,
com as imperfeições do meu design,
com as minhas imperfeições,
com o meu coração,
comigo e com você,
.. e com vocês.
É como se eu fosse um rei e comandasse 5 fronts ao mesmo tempo. Não dá, sobrecarrega, sobrepesa, cansa.
Algo ficaria mal feito e detesto qualquer coisa mal feita, ainda mais sob o meu feitio.




Look what ... you've done


Parte disso é culpa do meu imediatismo. Da minha ânsia por resultados rápidos e por comprovar a eficiência dos meus métodos.
Há uma grande porção de ultrarromantismo nisso tudo. Não que eu esteja com algum tipo de autopiedade, não mesmo. Acho o fundo do poço essa de autopiedade.
 Onde fica a tal paz interior nessa história toda ? E o que eu faria comigo mesmo caso encontrasse essa paz e esse equilíbrio ?
E por que eu buscaria paz interior ? Seria isso o que realmente procuro ?
Ou seria atenção ? Ou sucesso ? Ou amor ? Ou reconhecimento ? Ou conhecimento ? 5 fronts, não consigo aceitar isso como inviável mesmo que isso acabe comigo. Desistir é algo que a minha obstinação e as minhas obsessões não me permitem fazer.

Não sei se a tábula rasa seria meu remédio ou meu veneno, pois não saberia eu dizer se há verdadeiro re-começo ou se apenas a morte trazer-me-ia alguma paz.
Mas como falei, não faço o tipo desistente e prefiro morrer tentando realizar meus objetivos e tudo o que almejo do que cogitar suicídio. Ademais, nesse jogo de soma zero que é a vida,
"Que me importam os raios de uma nova aurora ?"

"Get on with life"


Wednesday, October 12, 2011

Graceless Sky

Graceless Sky - by myself

The sky turns purple
So the night may come
I hear the calls
And soon I'm gone

An overload of faces
And a sea of dreamless strangers
Just filthy breaths
And a deep lack of grace

The thin tissue of my smile
takes only a few hours
to lose all of it's pattern
making me odd to others

A drink and a laughter
A sigh and a stutter
And I'm sorry I had to go
I hate resorting to silence




"I've been in love but I didn't know how to feel it
And I've been adored but I don't know if I ever believed it
I've been loved my whole life but I didn't know how to take it"




Friday, October 7, 2011

A Graça, o Sono e o Tempo

O destino tem caprichos que sempre me lembram o quão fictícia é a tal razão.
 Deve haver algum parentesco astral entre o sono e o tempo, há diferença entre eles, mas a semelhança é incrível.
Explicar-lo-ei a vós.
Sono
1 - involuntário
2 - simulação da morte
3 - ignora tudo quando vem

Tempo
 1- involuntário
 2- sepulta até o túmulo
3- ignora tudo quando passa

Às vezes, parece-me muito mais fácil que eu seja amargo e seco e siga acreditando somente no amor que eu sinto e não no amor que outrem venha a dizer-me que sente. Assim, minha vida seria concentrada, focada aos negócios, melhor tracejada e inefavel e incontestavelmente ... chata.

Realmente, perante uma escala cósmica, quebrar a cara e render-se um certo tanto ao aleatório e ao caos soa mais interessante a mim. Afinal, do pó ao pó, não ? Qual a graça de viver de forma andróidica se o tempo, que tudo quebra, quebrará você um dia tão impiedosamente quanto qualquer outro ser humano ?

Nada se conclui .








Thursday, September 29, 2011

Tridente

Eu realmente gosto de música, pois quem me dera saber cantar.
Sério, se eu tivesse talento pra coisa, eu não estaria matando-me de estudar pra ter um futuro ... eu estaria tendo um futuro lindo cantando minha vida pelo mundo e ganhando muito dinheiro.
Ao mesmo tempo que isso me parece bem idiota. Você cobrar de uma pessoa que ama a sua música e a sua voz pra que ela ouça você cantar soa extremamente egoísta e detestável.

Acho minhas ideias tão paradoxais e ambivalentes que eu não me surpreenderia se um dia eu desenvolvesse uma daquelas doenças psiquiátricas que dão várias personalidades a você.
Acho até interessante, mas quase tudo que foge do normal é meio que interessante pra mim, o que me torna muito parcial nessa opinião.

Acho que esse excesso de informação e personalidade me torna uma pessoa mais forte de uma certa maneira. É como se, quando uma parte de mim fica destruída, as outras tomam o controle enquanto aquela se regenera. Felizmente, ainda não passei por nada ruim o suficiente p'reu ficar completamente sem chão.

Hoje, passei meia hora imaginando o que eu faria se eu tivesse o tridente de Poseidon. Estragos... acertos.. deixa pra lá.

Certo que eu seria um anfíbio, né ?


Wednesday, September 28, 2011

Parcas

Lately, I've been feeling like if time were passing too fast, as if it had an opinion upon the existence.
What do I mean  ?
Well, it is clear that, if there is any time at all, it ignores absolutely everything.
Exactly, time does not care about you and it will ultimately destroy everything you love before destroying you as well, however it may not be that selective and it might kill you first, just wait and see by yourself.

These past few weeks, time has been acting as if it really hates existence. Hate is better than carelessness.
Why ?
Easy question, it is always more harming when one is abandoned than when one is hated.
Why again  ?
Easy, the feeling of possession, you was clinging to something and then you cling on to nothing. If there is hatred between you and something/someone, cool, because it will feel good when you get apart.
Nonetheless, when you have love towards something/someone and this "being" abandons and/or ignores you... well, then you are just another grieving person in this sea of grief so called humanity.

Why is it more harming at all ?
This question can be simply answered by a quick reflection, so, reflect.

October ... it is so stupid that the tenth month has "octo" in it's name (I know about that January, February story by the way, but it does sound stupid).

The winter goes on in it's lateness. It is still cold and the sky is still darkened.
I hope the spring arrives soon, the time is coming for me to shed my skin once again.
I am to say that I already have kind of a sketch of what I will be changing on myself.

I may be starting all over or a may be starting anew. Either way, I seem to be never old enough.
Could it be immortality ? No, I think not yet.

"Omnes vulnerant, ultjma necat"

Monday, September 12, 2011

O Jogo de Soma Zero

Faz um bom tempo que não posto nada.
Foi-me de maior consolo ler as obras alheias.
E outras nem tão alheias.
Outras bem próximas
E algumas como "Poxa, como não fui eu quem escreveu isso ?"

Não sei se estou com algum bloqueio na minha criatividade ou se perdi temporariamente a fé na mesma.
É visível, este post segue o tempo psicológico e não o cronológico tradicional.

Minha vontade de respirar é sufocante. Ao proceder, não espere por autorização.

Sigo teimando que certas coisas cheguem ao fim.
Algo em mim luta contra a evidência de que nada é pra sempre.
Mas se eu quero, por que não pode ser ?
E se eu mantiver pra sempre ?
E se eu morrer com isso, aí é pra sempre ?
Que expressão tosca, "pra sempre".

Caráter ? Princípios ? Bem maior ? Moral ?
Acho que no meu dicionário, haveria três palavras.

1 - Medo - condição imortal da vida; temor em prol da preservação da própria existência/vida; premonissão de uma perda

2 - Amor - "L'amant est, de toujours, plus divin que l'aimé" ; aspiração incompreensível humana pela imortalidade; Sentimento que preserva a coerência dentro do absurdo; abstenção da própria existência/vida em prol/salvação de uma vida alheia, ou nem tão alheia, ou bem próxima, ou uma vida "onde você esteve na minha vida inteira ?"; companheiro do medo e do tempo.

3 - Ficção - Absolutamente tudo o que não diz respeito ao medo e ao amor; cultura; costumes; línguas; as cordas da marionete.

É o todo dos conjuntos ? Matemática não é o meu forte, mas escrever. Ah, escrever..

Sobre a coroa de louros e a liberdade
sobre o silêncio eterno, a pseudocerteza e a escuridão
sobre uma criança, assassinos, grandes insetos e árvores protetoras
sobre a delicadeza, as auroras e julgamentos

E isso está como "poxa, eu escrevi isso".